Dá-me teu corpo, apenas De ti, só quero a derme Hoje, de pouco me interessa Teu sorrisinho irônico E tuas manias de grandeza. Quero a pele nua, O suor gotejante, O hálito quente. Não me conte seus segredos Não divida seus problemas Não discuta a relação Quero a mão A boca O membro O corpo Quero o silêncio quebrado apenas Pelo farfalhar do lençol Pelo urro de prazer Pelo último suspiro do gozo
Dá-me teu corpo, apenas E nada me peça Além daquilo que já te dou
Mascaro problemas na face risonha Tristezas não tingem o esmalte dos meus dentes Por dentro o rio escoa caudaloso Rompendo barreiras que prendem meu choro Por fora o sorriso congelado Na falsa alegria que nunca tem fim
Se tento gritar Sou muda Se tento falar Lastimo
Sou pó e poeira largada a um canto Pano que não presta Trapo
Amo teu jeito louco de dizer que me quer Teu ciúme, teu ardor Seu jeito de me fazer mulher
Amo essa tua mania de me morder Minha boca, minha língua De me lamber
Amo esse teu jeito criança que me suga o seio Que me penetra o ventre Que me enche de prazer
Amo quando você se entrega Bem gostosa, vem e me cerca, Implorando ser mulher..." "Amo loucamente esse teu corpo, Que, às noites, deito e sorvo Todo, da cabeça aos pés"
E por assim nos amar Loucamente nos entregar Entre suspiros e gemidos Te faço homem do meu juízo Me faço mulher no teu desatino.
Quem não se indignou ontem ao ver a notícia da selvageria cometida por esses agentes da Supervia? As imagens foram tão fortes, me senti tão mal ao ver aquilo, que de pronto me lembrei dos trens que transportavam os judeus para os campos de extermínio.
Afinal de contas, quem eram aquelas pessoas que estavam lá dentro daqueles vagões?
Traficantes? Assassinos? Ladrões?
Bem... digamos que 1% até possa ser mesmo, afinal o transporte é dito "público", mas quem iria estar aquela hora da manhã, dentro de um trem lotado, se não fosse um trabalhador brasileiro? Mal alimentado, mal amado e ganhando um salário miserável, porque se fosse o contrário eles estariam dentro de seus carros blindados, com ar condicionado ligado, indo para algum empregaço e não os subempregos a troco de trocados.
"quem segura a porta é marginal" essa é a resposta dada pelo diretor de marketing da Supervia José Carlos Leitão. " Havia um princípio de tumulto na estação e convenhamos que quem segura as portas é marginal e num momento desses não dá para chegar para pessoa e pedir 'por favor, o senhor gostaria de sair à porta, o senhor está impedindo o prosseguimento da viagem do trem'. Podem ter havido realmente excessos, mas volto a lembrar que segurar a porta é crime e esse ano já foram 200 para a cadeia". Eu sempre achei que quem segura a porta é alguém que quer ir pro trabalho com um ventinho nas fuças. Imagina ficar trancado dentro de um comboio de metal, sem ventilação, parado entre uma estação e outra, esperando o tal sinal abrir para o trem prosseguir viagem? É claustrofóbico!
Perguntinha que não quer calar:
Será que esse sr. Leitão já trafegou dentro de uma dessas composições num dia comum? Duvido muito...
Se num dia normal já é infernal, imagina num dia de greve onde a classe não cumpriu o acordo de colocar 60% da frota em atividade.
TENTA ENTRAR NUMA COMPOSIÇÃO, ONDE SARDINHAS EM LATA SE SENTIRIAM DESCONFORTÁVEIS, É INSUPORTÁVEL.
E sei do que estou falando, pois eu já andei muito de trem lotado, onde as portas abertas eram a única opção para se poder RESPIRAR
Fico por aqui, esperando, UTOPICAMENTE, que um dia essa situação melhore.
NÃO QUEREMOS AGENTES COM LUVAS BRANCAS, como os empurradores do metrô de Tóquio, QUEREMOS TRANSPORTE DECENTE PARA A POPULAÇÃO.
Um vento suave entrava pela minha janela e assobiava baixinho nos meus ouvidos:
- É hoje! É hoje! É hoje!
Entre nervosa e excitada,
Me vestia, me perfumava,
Me purificava.
Usava uma roupa transparente onde se podia ver a luz da lua que evidenciava a silhueta do meu corpo nu, sob o tecido fino.
De olhos fechado, imaginava a lua inteira invadindo todo meu corpo.
Meu espírito fluía e meus pés saíram do chão.
As forças da natureza se conectaram com a minha alma e eu me sentia uma com o universo.
Ao abrir os olhos,
A lua ainda estava lá, a olhar pra mim. A me ver como uma de suas filhas. Como uma mulher que conhece todo o seu poder e sabe como exercê-lo.
Uma prece de agradecimento escapa dos meus lábios, sem que eu perceba seu pronunciar:
- Eu sou a Deusa, Eu sou a Bruxa, Eu sou aquela que ilumina e protege. O poder da Grande Mãe está dentro de mim. Que a Grande Mãe, a Senhora do Norte encha de frutos a árvore da minha vida, ilumina todas as minhas estações, torna-me forte na dor, tornando-me bela no amor. Que teu nome e teu poder seja sempre o meu nome e o meu poder. Assim sempre foi, e assim sempre será...
Ao despertar do transe, descobri que o reflexo da lua se esparramava no meu leito, me convidando para com ele ficar.
Deixei-me levar por aquela sensação de bem estar e deitei sobre o clarão da lua, que queria me tragar.
Adormeci.
E acordei banhada pela luz do sol, que sua energia veio me dar.
Refeita e renascida, pela luz do sol e da lua, saí, pronta para mais uma jornada da vida, sabendo quem eu era e qual meu lugar no mundo. Afinal...
Vejam, meus amigos aquela mulher que passa
com as ancas a balouçar
e o garbo no olhar,
foi a mesma que levou embora
o chefe do meu lar.
Hoje passeia, faceira,
perfumosa e bem trigueira,
seu sorriso a me humilhar,
mas um dia a morte virá
e o chão suas entranhas roerá
e, mesmo que eu não esteja mais aqui,
sorrirei de prazer,
por poder, enfim, me vingar.
Todo esse fogo amoral
será consumido pelo fogo atemporal.
Vá! Te deixo ir. Deixo livres seus caminhos, Sei que precisas dele para vagar e livremente respirar.
Vá agora! Não retardes sua ida, Vá antes que eu me arrependa E, me humilhando, Te peça pra ficar.
Mas vá com a certeza de que poderá um dia voltar.
Aqui encontrará sempre um porto amigo, Nos braços abertos que sempre estarão a te esperar.
Vá! Siga em frente... Não olhes para trás. Quero que guarde na memória apenas o meu sorriso, Não quero que a última imagem que vejas Seja de minhas lágrimas que caem por ti.
mulher, mãe, poetisa capenga de meia tigela... No mais, descubram aos poucos.
"Não tenho forma nem estilo,
Sou tosca.
Estrela que no céu não brilha,
Sou fosca."
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*contamos os pintas *
*espalhada em meu colo,*
*os dias de sol deixaram *
*sinais. vinte e seis, pois*
*fomos exatos *
*acho que é disto que *
*me l...
Ao poeta maior..
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COMO CONSEGUI?
você
é a coisa
com que
minha
imaginação
poderia sonhar,
fazendo
meu pensamento
de morada
e meu coração
de destino..
final!
( Tadeu P...