terça-feira, 2 de junho de 2009

DELÍRIOS E PAIXÕES


Encravo meus dedos em tuas carnes

E mordo teus lábios até sangrar

Sorvo de teu líquido quente a escorrer

Alimento-me com a vida que jorra em rios carmim

Encho minhas mãos com teus cabelos

Embriago-me com o cheiro que emana

Entorpeço minhas loucuras e minhas vilanias

No grito que ecoa pelas paredes da garganta

Meus seios te ofereço em taças

Meu colo te dou, para repouso e deleite

Descubra estrelas no céu de minha boca

E alimente-se com o que brota de meu ventre

Sou mais que tua

Tu és mais que meu


Pra ti sou a terra que te envolve e te suga

Te alimenta e devora tua carne apodrecida

Pra mim, tu é o céu de tempestade

O luar negro do mistério infinito


Cala-te!


Não me desvendas os seus enigmas

Nem me cobre os meus segredos

Dá-me de ti apenas o tanto que te dou

Meu corpo, minha carne, minha pele

Meu tesão.

2 comentários:

  1. Há minha amiga seu
    poema é uma declarada amostra
    do turbilhão que existe em sua alma viva e cheia de grandes beleza. Abraços Dora
    Dimolitsas

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  2. Nossa!!!!
    vejo a descriç~çao,poético emocional de um profundo sentimento,da verdade,que está acontecendo,no universo de
    uma profunda,enebriante e delirante paixão,
    alimentada pela vontade,da mente e da carne!!!
    Muito bom!!!!
    Maravilha de poema!!!
    Meus parabens
    Hélio Valério

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