domingo, 1 de novembro de 2009

DÁ-ME TEU CORPO APENAS


Dá-me teu corpo, apenas
De ti, só quero a derme
Hoje, de pouco me interessa
Teu sorrisinho irônico
E tuas manias de grandeza.
Quero a pele nua,
O suor gotejante,
O hálito quente.
Não me conte seus segredos
Não divida seus problemas
Não discuta a relação
Quero a mão
A boca
O membro
O corpo
Quero o silêncio quebrado apenas
Pelo farfalhar do lençol
Pelo urro de prazer
Pelo último suspiro do gozo

Dá-me teu corpo, apenas
E nada me peça
Além daquilo que já te dou

MÁSCARAS


Mascaro problemas na face risonha
Tristezas não tingem o esmalte dos meus dentes
Por dentro o rio escoa caudaloso
Rompendo barreiras que prendem meu choro
Por fora o sorriso congelado
Na falsa alegria que nunca tem fim

Se tento gritar
Sou muda
Se tento falar
Lastimo

Sou pó e poeira largada a um canto
Pano que não presta
Trapo

Eu não sou...
Eu era...
Eu não estou...
Já fui...

Nosso Jeito de Amar


Amo teu jeito louco de dizer que me quer
Teu ciúme, teu ardor
Seu jeito de me fazer mulher

Amo essa tua mania de me morder
Minha boca, minha língua
De me lamber

Amo esse teu jeito criança que me suga o seio
Que me penetra o ventre
Que me enche de prazer

Amo quando você se entrega
Bem gostosa, vem e me cerca,
Implorando ser mulher..."
"Amo loucamente esse teu corpo,
Que, às noites, deito e sorvo
Todo, da cabeça aos pés"


E por assim nos amar
Loucamente nos entregar
Entre suspiros e gemidos
Te faço homem do meu juízo
Me faço mulher no teu desatino.
Poesia em parceria com Jorge Luiz Alves